Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Teorias de Relatividade Humana

Andei pensando sobre as pessoas da net com quem já sentei para tomar cerveja, os blogueiros que já passaram pelo meu icq, os escritores de e-mails com quem já dividi bolinhos de bacalhau, enfim, pensando numa pá de gente da minha vida que transcendeu o modem. E reparei uma coisa engraçada: tem gente que consegue ser completamente diferente diante de um teclado do que é no cara a cara. Eu até estava falando disso com o Marcelo e as idéias nesse post são fruto de uma conversa minha com ele.

Teoria 1: as pessoas tem um trato diferente na net mesmo, conseguem se mostrar mais o que são, o que desejam ser, sem a timidez, problemas pessoais com convívio social etc.
Tá bom, um dos que me atrevi a conhecer se encaixa nessa teoria. Alguém que, pelo menos até um tempo atrás, não gostava muito de olhar as pessoas nos olhos. Mas isso é meio complicado. Quer dizer que depois de meses teclando com alguém você ainda vai ter que extrair ela do casulo pra poder chegar perto? Além disso, de acordo com essa teoria todo mundo pode ser quem quiser na net e surtar depois…

Teoria 2: as pesoas se encantam por tipos… um sentimento, um carinho surge quando você coloca na pessoa que conhece todo o imaginário de algum estereótipo que habita a mente…
Como assim? Quer dizer que se uma pessoa com quem convivo na net me decepcionar quando eu a conheço a culpa é das minhas expectativas? Eu me nego a gostar dessa teoria, porque acho que só criamos expectativas quando começamos a ter sentimentos fortes pela pessoa e se apaixonar via internet pra mim é loucura. Quero deixar uma coisa bem clara: de todo mundo que conheci pessoalmente, ninguém me decepcionou.

Teoria 3: as pessoas tem fases, existem bons momentos e maus momentos para se conhecer alguém.
Essa é a minha teoria, a teoria em que me enquadro, até porque tenho plena consciência de que quem me lê há muito tempo e/ou já encheu o saco de me aturar no ICQ sabe que eu tenho luas boas e luas ruins. Meu "tom de escrever" mudou pacas nesses dois anos de blogueira.

Teoria 4: as pessoas são esquisitas mesmo.
Ficam tentando parecer o que não são, mas certo estava um gringo aí, que dizia que não se pode enganar todo mundo o tempo todo. E aí é que é a merda, porque descobrir que alguém não é aquilo tudo me parece muito pior do que conhecer mais um ser normal.

Post Scriptum: agora eu divido o Pensando Bem com o Marcelo e decidi que não vou dobrar posts nos dois blogs, ou seja, o que escrevo aqui não escrevo lá e vice-versa.


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