Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Da série coisas bonitas para contar…

Carnaval de 2000, eu e uma amiga em um barzinho do litoral paranaense, ela cisma de se encantar com um carinha na mesa do lado. Eu me visto da minha cara-de-pau habitual e faço que o carinha e mais um amigo sentem-se com a gente. Horas de papo e minha amiga não conseguiu o que queria. Mas o amigo do “alvo” escreveu o link do site dele em um guardanapo. Eu guardei.

Foi assim que eu e o Fábio nos tornamos amigos. Eu nunca mais o vi pessoalmente, mas é uma florzinha verde que quase sempre aparece, com seu sorriso lindo. E hoje conversávamos quando eu disse uma palavra: etéreo. Ao que ele me respondeu com a seguinte maravilha:

Etéreo
Mistério
Baloiça
No ar.
Não olhes,
Não oiças,
Não queiras
Falar.

Voeja,
Revoa,
Vem te
Encontrar.
E na tua
Boca
Supõe
O beijar.

Não queiras
Rompê-lo.
Não queiras,
Jamais,
Tirar-lhe
Diáfano
Véu do
Olhar.

Que o etéreo
Mistério
Pode se
Assustar.
E como
Um pássaro
Se atirar
Ao ar

Etéreo
E eterno
É o mistério
De amar.
Com as
Suas asas
Só quer
Te embalar.

Não fales,
Não contes,
Não queiras
Jamais
Saber o
Seu nome
Ou de onde
Virá.

Que a
Sua boca
Não se
Moverá.
E, triste,
O mistério
Vai te
Abandonar.

ai, ai…


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