Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

E por falar em saudades, onde anda você?

Pois é, meu último período de posts sequenciais deve ter sido em agosto, mais ou menos. E pelo que consta na minha caixa de e-mails, no meu scrapbook do orkut e aqui nos comentários, posso dizer que há um certo clima de curiosidade sobre meu paradeiro. Para dizer onde estava, preciso dizer em que acredito, tenham paciência.

A minha Fé veio para o Brasil nos navios negreiros e quando desembarcou deu origem ao candomblé, à umbanda e outras intermináveis variações. Mas foi de lá do outro lado do Atlântico que veio e é sobre a cultura pura de lá que vou falar.

Começo com um esclarecimento básico: de acordo com o culto africano, Deus é um só, chamado Olodumare, em bom português significa o senhor do céu. Mas então o que são Orixás? Os Orixás são as personificações das energias da natureza, partes dos reinos animal, vegetal e mineral. São forças naturais que não podem ser controladas, mas podem ser direcionadas a trabalhar de acordo com a nossa vontade, desde que sejam feitos os rituais e oferendas necessários. A identidade destas energias (Orixás) são contadas através de lendas passadas de geração em geração e nos ensinam a lidar com estas energias e com o comportamento de seus filhos.

Não existe magia branca ou negra, a magia trabalha de acordo com o que você invoca, o importante é a intenção de quem pede e é isso que muitas vezes acaba com a imagem da minha Fé. Entretanto, existe (e impera) a lei do retorno: o que desejares aos outros, a ti também será dado; sejam coisas boas ou sejam coisas ruins, a vida te devolverá.

Quando uma pessoa deseja (e merece) se dedicar profundamente à religião, ela precisa passar por alguns processos, um ritual de iniciação. E existe uma equipe de pessoas que tornam uma iniciação possível. Agora cheguei ao ponto que eu queria: eu estava esse tempo todo em uma Casa de Culto aos Orixás, trabalhando nas iniciações de várias pessoas. Acabamos de encerrar o último trabalho deste ano.

A quem interessar possa, este período me fez muito bem, porque lá fico completamente alheia ao mundo e é muito bom poder olhar as coisas com calma, já que lá o mundo gira noutra velocidade. Sem contar o crescimento espiritual que tem sido muito bom para mim e foi muito conveniente emendar de um emprego na área de comunicação direto para um trabalho muito, muito sublime. Mas a temporada está encerrada pelo menos até abril.

Que todos nós sejamos abençoados, cada qual de acordo com o que acredita.


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