Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Viver de música

Fiz faculdade de Publicidade e neste tipo de curso é cheio de gente que trabalha com música. Que eu me lembre, conheci quatro bandas, uns quinze djs e sabe lá Deus quantos produtores musicais, organizadores de festas e raves. Confesso que boa parte deles eu perdi contato e andava completamente esquecida, até semana passada, quando estive no Rio e mais um amigo me contou que largou o emprego e está vivendo de música. Fiquei toda orgulhosa, afinal o Chico é um dos meus melhores amigos dos tempos de faculdade.

Mas nem achei que o jabá de um post valia a pena, até que outro dia, na madrugada, tomo-lhe um susto. Uma propaganda da Som Livre com o lançamento de um cd de uma dessas bandas das antigas que eu conheci. Então me animei e fui fuçar, para saber por onde andam as “bandinhas de escola” que eu conheci. E nem são mais bandinhas de escola. Aí embaixo tem uma historinha de cada uma, organizadas pela época em que eu conheci.

8mm – um fotógrafo colega meu de faculdade era amigo deles, conheci os caras num churrasco e tempos depois num show, quando eles abriram para os Los Hermanos. Não lembro bem quando, mas sei que foram os primeiros que conheci, na época do primeiro cd deles, um trabalho bacana. Um mês antes de lançarem o disco, um acidente em que morreu o baterista e a banda perdeu contrato, tiveram que começar tudo de novo. Lançaram disco na Europa, gravaram pela Universal, quase acabaram e agora estão de volta, trabalhando e independentes.

Primadonna – quando conheci, era um show numa festa meio nada a ver quase vazia, chamavam-se Supernova. Se não fosse o fim do namoro com o cara que me apresentou a eles, pelo menos eu ainda teria o primeiro CD. Hoje, palmas para eles, gravadora Som Livre, foi a propaganda que vi na TV.

Soldados do Q? – conheci o vocalista no boteco do lado da faculdade e curti muito o tempo que passei com esses caras, trabalhei com eles por uns tempos e amiga do vocalista eu sou até hoje. Estão por aí há 10 anos, com um trabalho que eu amo e que ainda quero ver nos palcos do país inteiro. Amo o estilo.

SETHICA – Banda do Chico que largou a gravata do banco para viver disso aí. Não vou entrar nos méritos do que exatamente eles tocam, mas eu gosto. Não consigo ver show deles, mas é o mal de estar longe dos amigos músicos.

Fora eles ainda tem tanta gente, mas todos ficaram no Rio. E eu aqui, em Curitiba, morrendo de saudades do tempo em que minha vida era boteco e banda de garagem…


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