Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Ideias que eu trouxe na mala

Há três semanas, eu viajei. Parti em busca de tantas coisas que talvez a digestão de todas elas ainda vá render uma série de posts. Voltei com algumas respostas e muitas perguntas. A resposta que me leva a escrever, lamento informar, não é nenhuma grande descoberta para a evolução humana, apenas uma constatação que me faz relaxar.

Semana passada, ainda no Rio de Janeiro, estava saindo da casa do Alan conversando com o João Márcio. A união homoafetiva tinha acabado de ser aprovada e obviamente os assuntos daquela noite orbitavam a esfera política. A certa altura, eu admiti: “O grande problema, João, é que eu não acredito no sistema político.” A conversa prosseguiu por outros caminhos, certas informações me fizeram dar um pouco mais de crédito ao PT etc e tal.

Hoje, repensando algumas coisas, voltei naquela frase e cheguei a uma conclusão: eu sou anarquista, isso sim. Porque não acredito no Estado como regulador de direitos, nem como administrador de patrimônio e menos ainda em juízos de valor moral que sirvam a todos. Sou plenamente a favor do livre arbítrio – e de todos os riscos dele derivado.

Isso não muda absolutamente nada para o mundo ou sequer para as pessoas que me cercam. O que muda é a minha serenidade daqui pra frente em discordar. Porque discordar, caros garrafeiros, é a minha natureza e sempre me leva à máxima que rege cada pensamento e gesto meu: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las.”

Um beijo pro Voltaire e outro pra cada pessoa que já discordou de mim.


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