Oi, meu nome é Paloma, eu sou viciada. Tudo começou há muitos anos atrás, logo que comecei a trabalhar em período integral. Foram meus colegas de trabalho que começaram a me incentivar. Eles me viam cansada, trabalhando nove horas por dia (ou mais) e eu ainda fazia faculdade à noite e ainda precisava arranjar tempo…

Estou triste. Não hoje, já faz uns dias. Pra ser justa, acho que me tornei triste. Ontem à noite eu chorava. De saudades, de cansaço, de sozinhez, de medo, de preocupação, chorei de tudo. A vida tem seus ciclos, eu sei. E não está nada tão ruim assim, eu sei também. Daqui a pouco tudo…

Hoje eu só queria dormir nos teus braços, mesmo sabendo que de manhã você vai reclamar da dor no ombro. Queria mesmo levantar uns minutinhos mais cedo, ver você me procurar na cama e acordar meio assustado. Queria te pedir desculpas pelas minhas bobagens e levar bronca por pedir desculpas. Ver filme enquanto você trabalha.…

Eis que de alguma forma o ciclo se fecha e a vida encontra um ponto em que podemos enxergar a mudança de etapa. Meu pai faleceu, minha pós-graduação tem me exigido muito e uma nova etapa no trabalho traz um monte de novidades e algumas coisas que não são novas, mas que eu estava cheia…

1º Dia: ônibus e hormônios. Não sei bem o que acontece, perdi a paciência, eu acho. De volta ao tumulto de corredores, ao som agudo das vozes de 17 anos, aos toques de celulares medonhos, àquelas paredes cheias de aviso tipo festa pré-calouros, festa calouros, festa integrada universidades, etc. Moral da história: não tenho mais…

Ando ausente. Ando menos por muitos lugares onde gosto de estar. 2006 foi um ano de reviravoltas, de mudanças graves na minha vida – opa, eu disse que não faria retrospectiva! O fato é que começo a desenhar caminhos novos para mim e o blog acabou perdendo sua prioridade. Por um motivo bem simples: não…

Veio procurar feliz natal? Num tem! E feliz ano novo? Também num tem! Por quê? Porque estou vivendo esses momentos em vez de ficar falando sobre eles… E também porque o tempo anda escasso, o humor mais ainda e as prioridades são outras… Depois eu conto qual…

(analisando dos 14 aos 24 anos) Como Triste Fim de Policarpo Quaresma, o capítulo da negação. Não amei como gostaria, não acertei como gostaria, não fiquei rica, não moro num barco como eu queria, não casei, não tenho minha casa, não publiquei meu livro, não tenho uma cortina de miçangas nem um quadro de cortiça.…