Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Violência Urbana

“Às vezes as duas, violência física e simbólica, embolam-se, dando um ‘sacode’ num carioca que, como este que vos digita, vive tentando escapar da paranóia – que impede o livre e saudável trânsito por vários bairros da cidade – e do insuportável bla-bla-blá – que estupidamente compara a cidade a uma ‘Faixa de Gaza’ ou o Iraque, minimiza a responsabilidade do poder público para culpabilizar exageradamente o usuário de drogas pela violência derivada do tráfico, etc.”
Paulo Roberto Pires, hoje. Taí, poucas vezes eu escutei frases tão conscientes a respeito da violência do Rio. É bom ver que nem todo mundo acha que a culpa do quebra pau entre os morros é do playboy que sobe pra comprar lança-perfume ou do surfista que só quer fumar seu bagulho. A verdade é que a oriem dessa merda toda tá beirando o centenário. Que eu saiba, faz tempo para caralho que os negligentes governos cariocas, fluminenses e federais começaram a deixar neguinho se empilhar nos morros da cidade. Também segundo me consta, droga nesse país não é só no Rio de Janeiro, nem é só de poucos anos para cá… Na ponta do lápis, acho que o problema todo trata-se de que ninguém quer resolver o problema dos viciados, das favelas e/ou dos pobres; está todo mundo preocupado em encontrar um culpado para atacar e achar um jeito de empurrar a violência para debaixo do tapete, porque ninguém gosta de ver poblemas e menos gente ainda gosta de ter que resolvê-los. Vai ver que é por isso que a cada dia, as pessoas se chocam menos com os reflexos da violência, já que não podem escondê-los, os banalizam e parecem quase não se incomodar.


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