Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Sobre amor ou quase isso

Não se sabe bem quando, mas ao que me parece é lá na adolescência que se começa a buscar um amor que possa ser seu companheiro por toda a vida. Com 15 anos, todas as meninas acreditam realmente nisso. Mas aí vem a tal da juventude, aquela época em que um mundo é até pouco para nós. A gente beija o tanto que bem entende, faz sexo sem compromisso sempre que dá vontade, bebe com amigos de verdade, se fode para colocar a chave de casa no buraco da fechadura de tão bêbado. É assim principalmente quando a gente começa a ter o próprio dinheiro.

E depois? Depois é que é o ó do borogodó, quando a balada/night começa a encher o saco, aquele povo todo começa a abusar da sua paciência, enfim, a gente começa a ficar chato para sair à noite. E aí é que nossas saídas noturnas mudam de objetivo.

Aí se semeia a busca pelo amor. Beijo na boca passa a ser algo bem mais criterioso, olhar, desejar, até telefonar se torna mais complicado. Vem aquela neurose de “não estou a fim de ficar errando, errando e errando”. Medo passa a ser uma companhia tão permanente que quase passa desapercebido.

Mas nem só de paranóia se recheia essa busca, não. De vez em quando, acreditamos que acertamos, que esse é o cara certo, só porque ele parece legal e parece gostar das mesmas coisas que você. Parece, vejam bem, eu disse parece. Pronto, aí deu-se a bosta. Quando se descobre que se enganou, a gente põe um freio e pronto, está feita a bosta!

Não sei, juro que não sei o que leva um homem a ser patético, a entender um relacionamento como um jogo, enfim, o que leva um homem, com quem você terminou por causa de suas dúvidas a querer provar repetidamente que não valeu a pena momento algum. Que nenhum dos momentos maravilhosos compensam tamanha mediocridade, se é que este paradoxo pode ser compreendido… Como num jogo de xadrez, move peças para a frente e para trás, achando que alguém se importa.

O consolo que resta é saber que tão desprezível ser não usa a internet, não sabe que este blog existe e não vai me cobrar por estas palavras. Embora eu fosse achar divertidíssimo se isso acontecesse…

E assim fico eu, como muitos por aí, com a convicção de que a tentativa passada foi um erro e que a próxima tentativa será a última.


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