Meu irmão (irmão mesmo, filho do mesmo pai e da mesma mãe) resolveu tirar a poeira do blog dele. É engraçado, porque via de regra ele escreve um mês e pára. No máximo já escreveu três meses seguidos. Mas agora lá foi ele de novo, quem sabe dessa vez embala. E eu fui olhar e puf! Já fui deixar uma garrafa gigantesca, então achei melhor cancelar a garrafa e fazer um post decente.
Leitura preliminar: O Carro das Mulheres
Eu não gosto muito das idéias feministas, não. Acho que queimar sutiã foi cafona, desnecessário e inadequado. As mulheres norte-americanas fizeram um estardalhaço para continuar trabalhando no período pós-guerra. Ok, eu concordo que é muito bom ter grana para comprar quantos sapatos quiser sem ter que ouvir coisas do tipo “você já não tem uma sandália marrom?”; mas daí a querer trabalhar para sempre tem muita diferença.
De toda forma, direito é direito, as mulheres exigiram e conseguiram. Hoje, três gerações depois, cá vamos nós trabalhar desesperadamente, encarar ônibus e metrô lotados por um emprego que nem vale tanto assim. E eu tenho que admitir que é foda agüentar um babaca tirando uma casquinha depois de um dia inteiro de trabalho, dá vontade de capar o filho da puta. Só que também é preciso admitir que os homens também não gostam quando um cara encoxa, pelo menos não a maioria. Alguém já vai dizer, ah, acontece bem menos, quase nunca. Nem comece.
E daí as mulheres batem o pé por um vagão exclusivo para elas em horário de rush. Ora porra, não quis direitos iguais? Então agüente ser igual. Não foram todas trabalhar para pagar as contas e mandar o marido lavar a louça para dividir o trabalho doméstico? Então porque diabos ainda reclamam de comportamentos tipicamente masculinos? Alo-ou, os homens não mudam. Um cara que anda sempre arrumadinho, tira as cutículas, usa protetor solar, combina sapato com cinto, não fala de mulher e futebol nem palavrão e nunca arrota é o cara que as mulheres acham que é gay e só chamam de amigo – sou capaz de apostar nisso. Chegamos a ser equivalentes no mercado de trabalho, mas ainda somos absurdamente diferentes em termos de comportamento. E adivinha só? A diferença é que é gostosa! E na verdade, na verdade, se o cara tirando casquinha for lindo e cheiroso ainda faz bem pro ego…
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