Não era para ter sido, isto posto, nada além do que foi. Mas ora, para escrever isto posto, algo deveria ter sido dito antes, literalmente, posto antes. Mas a vida não costuma nos dar oportunidade de contrato pré-nupcial e quando temos esta chance sempre esquecemos dela, simplesmente porque na hora de fazer o contrato pré-nupcial é justamente a hora em que não vemos a menor chance de nada dar errado.
Mas é que sou obcecada pelo passado, sempre fui. E de repente, voltei no tempo por exatamente 10 anos, para abrir uma porta a um amor burro. Não burro o amado, burra eu de me permitir ter um amor burro. Peguei toda a minha noção de como é prudente ter um relacionamento e mandei às favas! Se eu achar um troço que escrevi, minhas 10 não-regras de amor, posto aqui e comento cada uma delas provando que eu me contradisse. Agora sim, isto posto, volto ao velho discurso: prefiro não amar. Na época em que eu preferia não amar, eu dizia que não acreditava no amor. Mas alguém veio e me provou que eu acredito. Levou minha máscara como troféu, levou-me uma parte concreta e uma parte virtual, além de causar danos comprometedores à minha sanidade mental. Não que ele tenha culpa, mas foi quem levou a culpa, entende?
Depois dele, não apareceu mais ninguém. Ou não tinha aparecido. Não com aquele poder de bambear as pernas, ansiar e magoar. Então apareceu. Assim sem explicação, puf! De novo, de internet, de longe, de doer, de amar. Sem chance, como aliás costuma ser minha vida amorosa: com o fracasso estampado no título de um livro que ainda nem foi escrito.
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