Até o Pedro Cardoso. Eu já fui mais in em termos de cultura e talvez se estivesse um cadinho mais online teria ficado sabendo antes sobre o discurso do Pedro Cardoso no lançamento do filme “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”. Mas eu não sou mais a mesma, talvez minha leitura não seja mais a mesma ou ainda minhas prioridades informativas andem muito técnicas, sei lá. Graças aos bons bits e bytes, ainda tenho o Charles para me salvar de minha própria alienação cultural.
Para quem está fora das fofocas cult/cool como eu, clica aqui para ler o texto. Neste mesmo blog tem toda uma ladainha derivada deste texto, mas a Tia Lomyne facilita a vida do preguiçoso e resume, porque é muito texto. A treta é mais ou menos assim:
O Pedro Cardoso fez um discurso contra a nudez de artistas (linkado ali em cima, leia pelo menos isso) e isso gerou um bafafá “cultural”. A Playboy, esta gentil publicação brasileira se propôs a entrevistar o cara. Como qualquer pessoa cheia de boas intenções, o Pedro Cardoso fez uma contra-proposta, de entrevistar uma jornalista da Playboy e publicar lá mesmo, com o propósito fofo de mostrar como seu ponto de vista está certo e como a nudez e sua questão arte/pornografia é hipócrita. A revista topou, ele entrevistou, montou a entrevista e pimba! A Playboy disse que não iria publicar. Ora, mas que absurdo, eu jamais esperaria algo assim da Playboy, juro! Aí começou a frescurite da correspondência, agressão super justificada para ver quem é o dono da razão e o Pedro Cardoso, como é super in, cult, adulto e nobre publicou tudinho no blog (inclusive com autorização do “Chefe” da Playboy).
Agora que acabei o prólogo, vamos às idéias: primeiro que eu considero esse discurso do Pedro Cardoso pseudo pra caralho. Ah, atores e atrizes não deveriam ser obrigado a ficar nus. Ótimo, então pára de tratar seu próprio corpo como um troféu, engorda cinco quilos que ninguém mais te pede para ficar pelado! Ah, mas artista vive do corpo! Então tá reclamando do quê? Como diriam os cariocas, num fode! O artista deveria poder dizer não. Uai, porque não diz? Porque não vai mais conseguir trabalho? Isso é assinar diploma de incompetência, porque não sabe fazer mais nada além de ser gostoso (a). A carreira é assim. Não quer? Porta da rua é serventia da casa. Ou então faz um motim e ninguém mais aparece de biquini na televisão nunca mais, se os roteiristas americanos pararam Hollywood, quem disse que meia dúzia de gostosas não podem parar a televisão brasileira? Elas vivem se orgulhando de parar o trânsito mesmo…
Eu não estou dizendo que sou a favor deste leilão de carnes todo dia na minha cara, porque não sou. Só acho que não existem vítimas da mídia. O TDUD? contou uns tempos atrás que um refinado restaurante do Leblon perdeu sua clientela de artistas depois que aumentou as plantas da fachada e não dá mais para tirar fotos tipo “flagra!” do outro lado da rua. Estas pessoas escolheram se expor, escolheram uma carreira assim. Não sabe brincar sai do play. Cansou? Pega sua bola e vai para casa jogar video-game sozinho, oras! Cambada de pseudo…
p.s.: eu não vou entrar nos méritos de “discutir” a Playboy. Tanto faz se a revista vende arte, pornografia, putaria ou jornalismo. Ela é o que é. Compra quem quer e dá entrevista quem quer – independende das análises. Querer que uma revista de mulher pelada tenha seu papel social discutido é coisa muito pseudo!
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