Eu sou um dinossauro da web. Este blog está no ar desde fevereiro de 2003 e inclui arquivos do ano anterior. Ao longo de sete anos, vi os blogs mudarem de endereço, nome, servidor, fora uma quatidade gigante de gente que eu vi se aposentar. Perdi as contas da quantidade de “chegas” que eu li. Por isso, eu me considero considerava no direito de fazer longas, enormes dissertações sobre a blogosfera, sobre como deve(ria) ser. Como qualquer dinossauro que se preze, eu me apego ao formato mais clássico, de quando personalizar template era só pra quem manjava de html mesmo, quando precisava ter um sitezinho no hpg para fazer upload de imagem de cabeçalho; de quando não tinha essas putarias de fotolog e vídeo. Minhas maiores reclamações são porque quanto mais fácil a blogosfera foi ficando, pior ficou o conteúdo, mais chupado, mais semipronto, mais medíocre.
Mas enfim eu me dou por vencida. O que eu acho ideal, aplico aqui na minha casa, cada vez mais esporadicamente. Os outros são os outros e só, aplico estes meus critérios para escolher os blogs que leio e mais seletivamente os que linko. De fato, não tenho lido ninguém, assim como não tenho escrito, mas isso não importa. Importa sim encarar hoje o mesmo dilema da a kiriduxa (dinossauro, assim como eu) propôs recentemente: o que fazer com este blog. E as certezas que tenho são só sobre o que não fazer: eu não vou deletar esta casa, não vou mudar de formato, não vou me comprometer a escrever sempre, não vou abandonar de vez. Vai ficar assim meio de férias até que eu possa ser eu mesma. Não vou nem me desculpar, porque acho que ninguém quer ouvir desculpas.
Auto-jabá
Calma que nem tudo se perde! Por pressão de um amigo pessoal, cedi aos encantos do twitter e viciei como em todas as outras drogas que eu conheci até hoje. Devo meia paçoca para quem adivinhar o endereço! E tem mais: Charles, outro dinossauro, me convidou para escrever no etc e eu aceitei sorrindo, talvez o mais nobre convite que já recebi (mesmo ainda não tendo colocado nenhuma palavra por lá). Por fim, já estava na hora de eu mostrar na web o que quase todo mundo do cotidiano sabe: que eu adoro gays e passo muito tempo com eles. Com vocês, minhas viadagens públicas, agora nomeadas De Onde Emana a Purpurina, um blog absurdo.
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