Hoje eu acordei decidida a escrever. O blog tá aí, eu pago domínio e hospedagem dessa porra, é um dos meus poucos prazeres, hoje eu vou escrever no blog.
Acordei, tomei banho, tomei café, saí de casa. 5 minutos no ponto, 10 minutos de ônibus até o trabalho. Celular apita, trocentas notificações de rede social, nada útil, mas lá se foram os 10 minutos. Deixo pra hora do almoço.
Chego no trabalho emails e mais emails pra responder, coisas a resolver, chama no hangout, entra em call. Não costumo demorar no almoço, sobram uns 15 ou 20 minutos pra me distrair, meu tempo de joguinhos bobos de todo dia. Fica pra mais tarde, de noite eu escrevo.
Vida de agência é massa pra caralho, amo meu trabalho, mas com frequência estouro meu horário de expediente. Pra casa, passo no mercado, tem roupa pra lavar, tem roupa pra guardar, tem louça na pia, tô com fome. Já passa das 22h quando eu consigo me jogar no sofá.
E aí eu me reservo o direito ao descanso, cabeça cheia de um dia puxado. Quero ver um episódio ou dois de uma série, tirar uns 15 minutinhos pros meus joguinhos bobos, não quero usar meu cérebro (ele não costuma estar em condições de uso essas horas mesmo). Vou dormir, amanhã eu escrevo.
Outro dia começa, um amigo visita, ou vou no cinema, ou na casa da mãe. 5h30 da manhã de sexta, vou pra Brasília, atender uma consultoria, assistir aula do mestrado.
Lá se foi uma semana sem escrever. Um mês. Dois, três meses e nenhum post. Esse post de hoje já foi escrito mentalmente 300 mil vezes. Hoje eu escrevi de verdade. Depois do expediente, antes de ir embora. Levou só 15 minutos pra digitar, 3 meses pra escrever. Melhor postar, nunca se sabe quando eu vou escrever de novo. Quem sabe daqui 3 meses, se a qualidade do meu texto não atingir nível vexatório até lá.
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