Entre congressos, fóruns, feiras e seminários, já estive em sete ou oito eventos técnicos de comunicação, marketing e web. Guardo na memória coisas muito legais do primeiro evento que fui – o Festival da ABP de 2000: o case do Rock’in’Rio e o case Fanta-Jota Quest, assim como tantos outros cases. Posso dizer que quase todos foram bons eventos. Porque depois de tantos eventos, me tornei extremamente criteriosa ao analisar eventos técnicos e seu custo-benefício.
Vejamos as proporções de dois eventos do ano passado: o Fórum de Marketing e o Fórum de Mídias Digitais e Sociais (FMDS). Ambos foram realizados na Universidade Positivo e esta é a única coisa que têm em comum. Enquanto o Fórum de Marketing foi promovido pela Gazeta do Povo (maior jornal de Curitiba), com palestrantes internacionais e uma mega estrutura no Anfiteatro a um custo de R$ 1.000,00 e duração de um dia, o FMDS foi promovido por um grupo de pessoas sem a intenção de lucrar, trazendo palestrantes de vários lugares do Brasil e ocupando um auditório secundário a um custo de R$ 30,00 e duração de dois dias.
Adivinhem qual evento promoveu conteúdos mais úteis, relevantes, cases inovadores e interações entre os participantes? Pois é. O peixe pequeno simplesmente foi o melhor evento técnico em que já estive.
Em maio desse ano, fui à OMExpo, um evento bacana que acabou pecando em pequenos detalhes de organização que acabou tendo um perfil semelhante ao Fórum de Marketing: custo elevado (R$ 1.550,00) e pecou muito na organização. Em termos de aprendizado profissional, somente uma palestra foi enriquecedora: do Kavinski, sobre links patrocinados.
Pelo que eu tenho visto, eventos de marketing (online ou offline) estão se tornando caras reuniões maçônicas com o firme propósito de promover networking pessoal, pouquíssimas palestras têm sido úteis, ainda que muitas tenham sido legais. A plateia está repleta de profissionais mais interessados em se auto-promover do que em aprimorar seus conhecimentos, panfletando cartões de visitas a quem interessar possa. Pessoalmente, estou cada vez menos disposta a pagar para ir a estes eventos cada vez mais caros e menos relevantes.
Não quero saber quem são ou o que já fizeram, quero saber o que sabem e como posso fazer algo. E isso está cada vez mais difícil de encontrar.
p.s.: para evitar críticas óbvias, aviso já organizei eventos acadêmicos para três mil pessoas, tenho total direito de falar mal de organizadores incompetentes, sei muito bem o trabalho que dá fazer tudo funcionar.
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