Acabou a guerra. Disse o jornal que, com a invasão da cidade natal de Saddam acabaram-se as grandes batalhas da guerra do Iraque. Foi mal, cara-pálida, mas quem é que disse que houveram grandes batalhas? Rolou muito massacre, a vitória americana sempre foi óbvia e eu não vi nada de grande batalha. Teve muito jornalista morrendo, muita gente sendo sacrificada, exilados quebrando a imagem de Saddam, mas nada de grande batalha, não senhor. Se é quer se pode dizer que algo nisso tudo foi grande, foi a vergonha, a percepção de que somos fantoches.
Ninguém quis fazer nada, nem quem perdeu, nem quem ganhou, nem quem cobriu a guerra. Foi um silêncio enorme, incômodo e a nítida certeza de que nunca a imparcialidade jornalística foi tão tendenciosa. A maioria da mídia, em sua deliciosa imparcialidade foi obviamente pró-americana. E sabem o que eu penso agora? O que eu vou falar para o meu filho quando ele chegar neste capítulo da história e o que é que o livro de história do colégio vai ensinar para o garoto sobre o assunto. Vai acabar tudo se resumindo em guerra por conta de armas químicas e biológicas e dirão que o Bush estava tão certo que até se reelegeu…
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