Não é possível que eu esteja tão velha. Não, eu realmente não me conformo. Domingo estava eu deitada no sofá vendo Fantástico (é muita derrota, não?), fazendo de conta que me interessava por alguma parte daquela abobrinha. Até que vejo uma reportagem que deve ter matado umas 500 mães do coração. Uma festinha de pré-adolescente, de 11 a 13 anos – que antigamente se chamava festa americana – organizada no estilo ‘noite do sinal’, onde uma galera estava de verde e só duas almas usavam vermelho. Ah, os pais da dona da festa achando aquilo supernormal. Por favor, alguém me explique o que foi que aconteceu com os jogos de tabuleiro, as tardes com filme alugado, os trabalhos em grupo que se inventava só para se reunir e as brincadeiras de salada-mista. Porque no meu tempo isso era só que se fazia com tão pouca idade. Festa do sinal? Beijo na boca generalizado? E a matéria que veio depois, falando da clássica aposta entre garotos para ver ‘quem pega mais’? Só que a idade dos ditos cujos era de 14, 15 anos!
Daí a gente cai naquela velha história de mulheres (essas criaturas bizarras do parágrafo anterior, quando estiverem com 20 e poucos anos) reclamando que os homens não as respeitam e que não existe mais homem como antigamente, como as tias e mães contam e como elas vêem nos filmes antigos. Daí eu vou dizer pra elas com todo prazer: ah, moças, também não existem mais mulheres como antigamente… Beijo na boca é coisa do passado, a onda agora é namorar pelado…
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