Até onde vai a sua noção de realidade? Até onde você consegue acreditar que tudo está normal, dentro dos padrões que você pode exteriorizar? Cada um tem uma medida para responder a esta pergunta, mas no meu íntimo eu acredito que ser normal é estar sempre disposto a ir além, surpreender de alguma maneira. Paulo Leminski costumava dizer que poesia tem que me surpreender. Poesia envolvente e insinuante me cheira a vigarice. Eu vejo logo o truque. Eu quero o susto, o eco do susto, e eu sempre amei esta frase. E quando se trata de ir além, de surpreender, de mostrar o que se tem de bom e de tudo que somos capazes de conter e de expôr, preciso ser justa e dizer que uma das mais notáveis e exemplares pessoas detentoras de tamanha graça é essa moça aqui, com seus solilóquios fantásticos demais para serem condenados a gavetas como os meus… Ela sim, merece que todo mundo pare pelo menos um bocadinho para olhar pra ela e dizer ora puxa!
Parem as máquinas
Escritos de outros dias
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