Te temi. Deuses, como te temi.
você não entendeu, te pedi para sair.
Então te expulsei, mas és surdo.
Disse que não te amava, mas és burro.
Passei a me esconder, mas me seguistes.
Então te evitei, mas me perseguistes.
Nesse meio tempo, ganhei poesia tua,
conheci um louco,
gostei de um tolo.
A poesia guardei na bolsa e li na rua,
o louco mandei pro médico
e o tolo deixei ser cético.
E fugi. Correndo aos prantos, fugi.
De muitas coisas, mas primeiro de ti.
Então te proíbo de me procurar.
Fecho as portas e janelas à beira-mar.
Deixei tudo contigo na montanha
Então me percebo tacanha.
Não te amo, não te quero, nem mais a esmo.
Mas ainda digo de mim o que dizes de si mesmo:
és o produto das escolhas do passado,
eu o efeito do que fiz de errado.
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