É estranho ver alguns a hesitar. Houve um tempo em que era meu bem pra cá, meu bem pra lá. Depois como qualquer divórcio que se preze foram meus bens pra cá, seus bens pra lá. E a porta batida ao sair, deixou bem claro quem estava abandonando quem. Eu fiquei sentadinha no sofá comendo pipoca. E eu nem gosto de pipoca! Agora vem me bater à mesma porta, mas como criança toca a campainha e sai correndo. Abri a porta e chamei, vi olha para trás com cara de quem estava só de passagem.
Tolo, tolo, tolo… Não fiquei te esperando. Na verdade, não esperava mais por ti. E mais na verdade ainda, sei que tem razões dúbias para bater em minha porta. Pode ser que tenha batido porque quer entrar de novo, pode ser que queira ver se a casa está vazia. Não, não está. E independente de casa vazia ou cheia, eu sempre vou lhe abrir a porta. Não porque quero que entre, apenas porque quero que veja que não lhe preciso.
Pensando bem, acho muito divertido quando alguém que cansou de falar mal de mim por aí, de repente, do nada, puxa papo comigo no msn, me encontra na rua por acaso e conta todas as lamúrias, por estar hoje na merda em que ajudou a me colocar dois anos atrás e entender tão pouco hoje quanto eu entendia em 2006. Não, eu não vou explicar nada.
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