1999: um sonho de valsa, já contei antes.
2000: festa com artistas globais.
2001: namorando, mas a sogra bancou o peru e morreu na véspera.
2002: de rolo, mas tudo muito estranho.
2003: abrindo espaço no coração para um ‘amigo especial’.
2004: em companhia do ‘amigo especial’, perfeito.
2005: numa boate gay, não pergunte.
2006: um dia como outro qualquer.
2007: trabalhando até duas da manhã.
2008: um dia frio, um bom lugar pra ler um livro.
Bah, num tenho talento pra isso, não. Se estou deprimida? Nem um cadinho. Vou ganhar um livro hoje e acreditem, é um dia frio. Não, não é do namorado, não tenho um, parece que este tipo de item é bem mais caro e bem mais raro no mercado do que livros.
Update: quem disse que não ganho nada? Vi um poema que me lembrou alguém e mandei, ao que ele me devolve um hayku, especialmente escrito pra mim:
Gotas geladas
Chuva de verão
Escorre no copo de bebidaA tempestade passou.
Olhos no botão da camisa
O terceiro é o desejado.O inverno chega
À prata das têmporas
Resta lembrar a felicidade dispensada.
Com licença, estou me achando. Não, não foi de namorado, nem de candidato a. Veio do vagão da memória, a seqüência de coisas tão nossas que nunca caberia explicar. Mas hoje isso soa como pura poesia, mesmo se não fosse uma ainda soaria. Porque quando não resta mais nada, nem o amor, as lembranças nos transformam em quase amigos. Ainda nos remoldando a esta nova forma de relacionar e tudo sempre acaba em reticências…
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