Com base em minhas fases da vida, meu jeito de ser e minhas mudanças de cidade, calculo que sou seis pessoas diferentes. Quer dizer, existem seis imagens públicas de mim. A cada troca de fase – e de cidade – deixei características de lado, assumi novas.
Houve uma época em que eu era famosa por curitr, por conhecer todo mundo, por estar em bares e baladas de segunda a segunda, por matar aula no bar da faculdade, por passar noites sem dormir só para curtir, enfim, por ser uma das pessoas mais doidas da face da terra. Ainda hoje há quem ache que eu sou assim, mas com certeza hoje estou calmíssima perto do que eu era há seis anos, quando comecei isso aqui.
Algumas pessoas que conheci em cada uma dessas fases realmente me conhecem, talvez apenas uma pessoa por fase seja uma contagem justa. Como as mudanças de fase também tem a ver com mudanças de cidades, boa parte das pessoas que mais gosto, eu não vejo há anos.
No final de semana o celular tocou, aquele sotaque carioca arraxtado perguntava: “koé, gata, onde é que tu tá?”. O sorriso se abriu, há anos eu esperava essa visita, há dois meses sabia que iria acontecer. E quando encontrei com ele aí sim é que meu sorriso parecia maior do que qualquer dia de sol, quando pulei naqueles braços senti de novo aquela alegria que fazia tempo eu tinha esquecido como era. E não é que eu fui pra balada em pleno domingo, me acabar de dançar?
Ele reclamou, dizendo que eu fiquei velha e muito sossegada, quando eu disse que queria ir embora, que tinha que trabalhar na segunda, mas eram duas da manhã! Eu fiz o que pude, eu juro. Se para o que éramos há seis anos hoje estou devagar, tenha certeza que olhando como eu estava há duas semanas, agora estou aceleradaça.
Este post é só para dizer que véio, foi bom pra caralho te ver, mil perdões por não ser mais a mesma companheira de 2002 e muito, muito obrigada por me mostrar que aquela versão de mim ainda existe aqui dentro. É como se a minha curtição estivesse ficado guardada contigo por todos estes anos. Obrigada mesmo por devolver.
p.s.: Os últimos posts foram escritos no horário de almoço, no trabalho. Visitar e borboletar na web só no final de semana, nesse eu consigo. E dessa vez eu não vou escrever “Eu acho” no final, porque dessa vez eu tenho certeza.
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