Final de semana passado fui ao Rio de Janeiro, ritmo de bate e volta mesmo. Às onze da noite de sexta-feira, estava fumando um cigarro num daqueles postos de gasolina bem bacanas e vi, pelo vão do portão – ao lado da vitrine da loja de muambas -, que ainda existe lá a cidade em miniatura que eu amava brincar quando era criança e fazia este trajeto de dia com meus pais. Como qualquer criança normal, fiquei olhando encantada para aquelas casinhas forradas com luzes de natal. Estava admirando como a vila ficou bonita reformada quando escuto do meu lado “olha, mãe!” e esbocei um sorriso ao ouvir aquela voz de menina animada. Só esbocei mesmo, porque olhei para o lado e qual minha surpresa ao ver uma menina de uns 7 anos de idade, apontando para a revista Capricho na vitrine ao lado com o NX Zero na capa. Meu quase sorriso caiu na hora.
Tá ok, eu gosto do NX Zero, admito que tenho uma certa quedinha pelas musiquinhas deles (viva os pseudos!). Mas porra, é uma criança! Como é que pode? Ela deveria se encantar com aquela cidade em miniatura, com as possibilidades que aquilo representa, nessa idade não podia estar fora do universo do faz-de-conta! Aí quando chegar aos vinte e cinco anos vai ser uma frustrada cheia de comportamentos infantis e se dar conta que não teve infância… Para que a pressa de crescer, hein?
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