Então tá, o Supremo Tribunal Federal, este nobre órgão brasileiro recheado de pessoas superantenadas e modernosas, está pretendendo derrubar a Lei de Imprensa, com apoio da Associação Brasileira de Imprensa, ONGs relacionadas e o caralho a quatro. Todo mundo querendo acabar com a coitada da lei. Ok, não tem porque prever direito de resposta, cela especial, penalidades por calúnia e difamação, já que tudo isso está previsto em outras leis válidas para todos os cidadãos.
Só que o ponto mais importante está sendo meio que ignorado: se a Lei de Imprensa cair, cai também a obrigatoriedade do diploma. Eu não sou jornalista, isso é um blog, vejo a meia milha de distância o perigo da desregulamentação da profissão. É evidente que sem o diploma obrigatório, qualquer um vai se meter a escrever para jornal, imagina a nhaca.
Apesar de dar valor ao bom português e ser até bastante purista para escrever, eu não me preocupo com o idioma, não. A maior vítima da desregulamentação é a responsabilidade. O jornalista tem um compromisso legal e um juramento em prol da verdade – apesar de alguns profissionais não serem exatamente exemplares. Essa é a diferença de ser jornalista, é só isso que importa. O resto é firula.
enquanto não passar no Jornal Nacional”
Augusto Nunes, em conversa pessoal, abril de 2001.
Por algum acaso o respeito que o Jornal Nacional tem é oriundo do seu amadorismo? Ou do imenso compromentimento com um alto nível de profissionalização? Nem adianta argumentar que hoje muita gente se informa pela internet, por blogs e coisas do gênero; o povo só acredita na notícia quando ela é divulgada pela fonte mais confiável que conhece.
p.s.: pseudos que vierem aqui com aquela cena básica de que a Globo e a Veja manipulam o país, favor ir à merda.
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