Estava em uma entrevista ontem, justamente para trabalhar com mídias sociais e é óbvio que pediram o link do blog. A pergunta sobre conteúdo desta casa que tanto amo me balançou. A verdade é que eu não sei definir a que este blog se propõe, nunca olhei para ele como um negócio. Quem sabe um dia possa ser, mas nunca foi esse o foco.
Fiz um blog porque me é inerente opinar sobre tudo que eu vejo, seja assunto relevante ou não. O blog foi crescendo e criando uma identidade textual totalmente natural, não modelei nada. Nos enormes arquivos construídos ao longo de sete anos, há muitas histórias contadas. Algumas ideias antigas agora me parecem tão tolas e tantas outras deveriam ter ficado na gaveta.
Isso não tinha me ocorrido – o impacto de fornecer o link – mas o fato é que não tenho coragem nem razões para apagar algo que escrevi. Esses sete anos são parte importante do que eu vivi, não dá pra fingir que não aconteceu, passar uma borracha. Se posso dizer que conheço as mídias sociais, não é só porque eu leio blogs. É porque eu existo na web.
Só que ao chegar em casa eu me perguntei: blog pode ou não pode fazer parte? Não tenho razões para mentir em um processo seletivo, não tenho razões para mentir at all. Mesmo assim é meio inevitável perguntar mentalmente se um entrevistador quer a verdade inteira ou se meia hipocrisia lhe basta…
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