Como eu disse outro dia no Purpurina, sou desprovida de conceito de classe. Carrego uma implicância nata com comportamentos e ideias tipicamente femininos. Nunca aceitei, por exemplo, as Marias: Maria-gasolina, Maria-chuteira, Maria-palheta. Eis que descobri o top of tops das marias – Maria-pagerank – e pronto, toda minha capacidade de compreensão sobre as mulheres e seus objetivos se esgotou sem esclarecer porríssima nenhuma.
Eu até consigo encontrar justificativas para alguns casos. Veja, a Maria-gasolina quer o conforto de alguém que vá buscá-la em casa, a Maria-chuteira quer a boa vida de um jogador de futebol, a Maria-palheta fica em camarotes e nos dois últimos casos subentende-se um certo ar de celebridade pelo qual as mulheres se encantam. Na ponta do lápis, essas opções um dia podem significar um marido com grana e vida confortável, ok, aceito. (confesso inclusive que já tive minhas fases de Maria-palheta)
Agora alguém me explica uma Maria-pagerank, pelamordedeus? Blogueiros não são celebridades, no máximo aparecem no 1 contra 100 (sem querer ofender o Inagaki). Blogueiros também não são ricos, os que são probloggers hoje levam uma vida de classe média alta. Então qual é a vantagem, hein? Torcer pro cara fazer um post com link para o blog da namorada, que resulte em muitos acessos e quem sabe alguns cliques no Adsense? Entrar em eventos tops de coisas altamente geeks que dificilmente mulheres interesseiras gostam? Não é muita mediocridade? Porque na boa, a maioria das pessoas não faz a menor idéia quem diabos é o Cardoso ou o Interney.
Eu acho que uma Maria-pagerank pode até conquistar um problogger e ser feliz com o cara pela vida inteira – ou enquanto houver Adsense. O que eu não sei é porque fazer disso um objetivo. É deprimente.
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