Já falei “n” vezes do projeto que sou voluntária, sempre que alguém dá oportunidade, lá vou eu falar sobre o assunto. Vira e mexe alguém pergunta porque sou tão empolgada com isso e eu tenho uma resposta na ponta da língua: gosto porque o projeto não é assistencialista, não damos nada aos adolescentes que se inscrevem, apenas ensinamos eles a trabalhar e serem independentes. Nestes anos orientando, vi que sempre mudamos algo na vida deles. Só que dessa vez foi diferente.
Era uma vez uma aluna com problemas de sociabilidade – um doce de menina, mas sem amigos(a) – se inscreveu no projeto, se candidatou à diretora e foi eleita pelos colegas. Ao longo de 15 encontros, ela coordenou um monte de atividades e cumpriu seu papel muito bem. Esta menina fez amizades ao longo do trabalho e ao final do projeto foi eleita pelos colegas a melhor achiever.
Participar desse projeto fez mais do que mostrar para essa menina como é a realidade do mercado de trabalho, mudou toda a vida dela. E eu fiz parte dessa mudança, vi acontecer. Isso, meus caros, dinheiro nenhum pode comprar. Talvez escrito assim em poucas linhas e com poucos detalhes pareça uma bobagem. Talvez até seja. Mas eu sorrio cada vez que me lembro disso.
Update:
Ontem, dia 8 de julho, foi a formatura do Projeto Miniempresa. Além de ter sido escolhida a melhor aluna da sua miniempresa, esta aluda ganhou também como melhor achiever entre todos os alunos de todas as escolas, mais de 700 ao total. O prêmio é uma viagem com tudo pago para Florianópolis. Pessoalmente, acho que ela ganhou muito mais que isso. Como não pôde comparecer na formatura, os colegas de projeto – ou melhor, seus amigos – receberam o prêmio por ela e fizeram a maior festa, com direito a subir nas cadeiras. Eu? Pra variar chorei, toda orgulhosa em ter feito parte disso.
p.s.: quem quiser ser voluntário e ajudar na formação empreendedora de crianças e adolescentes, é fácil, tem Junior Achievement em tudo quanto é canto do Brasil.
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