Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Momento diarinho 2022

Em abril de 2020 eu comecei um post. Este blog fez 20 anos e eu deveria ter escrito algo. Sabe, eu pretendia. Mas aí foi mais um post que sofreu da mesma dor de muitos posts de gaveta: a ideia não foi concluída como eu gostaria e eu deixei pra outro dia e… desde então nenhuma linha. Dois anos e meio depois, lá vamos nós, tentar mais uma vez. 

A pandemia mudou muitas coisas na minha vida assim como de todo mundo.  A única coisa que não mudou pra mim foi o que mais mudou pra todo mundo: meu trabalho. Eu já vivia de home office há mais de 2 anos, quase 5 agora. Fora isso, teve de tudo: comprei um apartamento, casamento acabou, estresse saiu de controle, perdi cabelo, perdi 10kg (pergunte-me como), mudei a forma de me relacionar com a sociedade em geral. 

Comecei a rascunhar esse post há alguns dias, a memória do Facebook de um ano atrás me fez decidir que de hoje não passa. Exatamente há um ano, eu estava nos Lençóis Maranhenses. Ai que rhyca, ai que phyna, ai que loucura. Meias verdades nisso, pois que a viagem não era de férias, mas não vem ao caso. Importante mesmo é: conheça os Lençóis Maranhenses, é sensacional, nenhuma foto faz justiça ao lugar. 

Há um ano eu estava aguardando minha vez para tomar a segunda dose da vacina, minha separação era recente e eu voltei do Maranhão com um pacote de resoluções de ano novo que pode ser resumido em “voltar a viver”. Vacinar, rever amigos, ir a praia, ao cinema e por aí vai. 

A montanha russa desse ano eu nem quero detalhar, fato é que agora eu estou muito feliz. Ontem eu abri um livro de colorir, coisa que não fazia sabe lá Deus desde quando. Hoje eu acordei irritantemente bem-humorada, tipo chefe de excursão. Voltar a escrever tem a ver com isso: estar bem e querer ficar melhor. Colorir é um pequeno prazer, escrever também é, algo que eu faço muito mais para digerir ideias do que realmente para difundi-las. Escrever é algo que faço para esvaziar o copo, acho que preciso ser mais frequente nisso.  

Eu tenho uma ideia equivocada de mim mesma. Eu fui uma leitora voraz na infância e juventude, lia e escrevia muito bem. Recentemente tenho escrito atrocidades que me estremecem quando o corretor sublinha, verdadeiros crimes contra a última flor do lácio. Eu me chicoteio a respeito, mas fato é que não leio quase nada, mal e mal leio notícias. 

Há muitas coisas a se retomar na saída da montanha russa. O chão ainda não parece bem firme sob os pés, mas cá estou tentando de novo voltar a escrever, assim como colocando mais a mão o livro físico, pois esta senhora aprecia o papel de um jeito vintage, ou melhor, cringe (como dizem os adolescentes de agora, se é que ainda dizem, pois isso é tão 2021).

Cá estou passando um espanador no blog e arrumando a casa para receber visitas, quem sabe estes novos ventos venham para ficar, não vamos criar expectativas. Tenho muitos planos, inclusive tenho mais de um planner, vou ser o adulto responsável por mim. 


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