Roupas, trajes que nos protejem dos olhares alheios, trajes que falham diante dos olhares mais libidinosos e dos olhares mais poderosos. Os libidinosos são capazes de decifrar suas formas por baixo de suas roupas, mas há os realmente poderosos, os olhos para osquais se está nua, em parte porque desejam nos traduzir e em parte porque nós permitimos. Diante de um olhar desses, pode encabular-se, preocupar-se, mas a dama realmente feliz nesta situação abrirá seus braços, seus lábios, seus olhos e seus segredos, entregar-se-á por inteiro. E então, quando aquelas mãos percorrerem seu corpo depois de terem decifrado sua alma, quando os lábios tocarem os seus não para calar, mas para confessar sua capacidade de entregar e absorver, quando as delícias forem todas vividas, dirá a mulher a si mesma: sou feliz. E dirá àquele que abraça: amo-te. E se não o disser naquela ora, fará como eu: dirá de forma que sabe que ele vai ouvir.
“Se alguém inventou coisa melhor que a Devassa, bebeu tudo e esqueceu a fórmula”
Bolacha da chopperia Devassa, no Rio de Janeiro
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