Olho pra minha listinha de blogs ali do lado, olho pra todas as pessoas que conheci por causa da net, para outras que conheci por inúmeros motivos e voltas da vida; gente de muitos cantos desse Brasilzão de meu Deus e me embaralho (veja bem, é embaralho, com ‘b’) no meu vício de poesia – Leminski – e fico pensando como somos bairristas. Cariocas e paulistas naquela velha briguinha, curitibanos contando milhões de piadas de gaúchos e por aí vai. Cada qual com seu amor pela sua terra natal, mesmo quando fora dela há muito tempo.
Eu sou carioca adotada, mas adotada de verdade, até identidade expedida pelo IFP eu tenho! Lembro quando cheguei no Rio e via todo mundo se acabando nas pistas de dança ao som de Solteiro no Rio de Janeiro e não entendia aquela euforia toda. Pois então. Três meses depois eu passei a ser uma dessas pessoas que se acabavam na pista parados em qualquer praia, soltos em qualquer lugar.
E em Búzios, em um evento de trabalho cheio de conterrâneos meus, e com meia dúzia de cariocas, depois de ‘Solteiro no Rio de Janeiro’, rolou a crise do meu bairrismo de verdade. Aqui dentro o coração bate aquele amor às coisas do mato, sabe? E lá fui eu me acabar cantando a musiquinha de quem é do mato e no mato tem que morar…
Seu motorista toque o caaaaaarro / me tire deste lugaaar / me leve ó bom motorista / pro outro lado de láááá… Não vou cortar o meu cabeeeelo / só pra dar o que falaaar / eu não sou gato de Ipanema / sou bicho do Paranáááááá… A vida pra mim na cidade grande / tá difícil pra danaaar / a gente que nasceu no mato / no mato tem que moraar… No mato a gente se ajeita / tudo que se planta dááá / quero voltar pra minha terra / pro norte do Paranáááááá… Ai, ai… Búzios é tudo de bom…
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