Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

Política

Estava lendo a Volnya e encontrei um post bacana sobre repressão à mídia. Segue um trecho: A Justiça Eleitoral não apenas impede os jornalistas de exercerem livremente o ofício, vetando críticas a candidatos e impondo até “direitos de resposta” mentirosos. No Brasil, agora, há quase tantos jornais, sites e emissoras sob censura, alguns fechados, como a ditadura militar produziu nos seus piores momentos.

Acabei me lembrando de uma coisa que conversamos quinta-feira passada na faculdade: pixação e grafite. As pixações surgiram no tempo da ditadura, para organizar movimentos rebeldes e por isso mesmo eram proibidas. Hoje, 17 anos que ela acabou, ainda temos resquícios de absurdos daquela época. A diferença essencial entre pixação e grafite é que este é autorizado e aquela não, mas, segundo a lei atual, para que a pintura aerografada (spray) não cause cadeia é necessário, além da autorização do proprietário, apresentar um projeto à prefeitura. Eu posso com isso? Pra pintar meu muro completamente psicodélico tenho que pedir autorização pra prefeitura? Dá uma sensação de que sou uma criança querendo ir brincar na piscina em dia de chuva, ou uma pré-adolescente indo às primeiras festinhas do colégio. Quer dizer que, quando se fala de democracia, liberdade de expressão, valorização de artistas marginais e integração social trata-se de um discurso de pura retórica, não de intenções claras e projetos possíveis.

Fazer o quê? Já dizia Veríssimo: democracia é quando eu governo você e ditadura é quando você me governa.


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