Lomyne's in tha house

Já não sou mais tão jovem para ter tantas certezas.

A grama do vizinho

“Kirchner nunca teve uma boa relação pessoal com Lula e pensa que o Brasil está tratando de ocupar tantos cargos em organizações internacionais quanto houverem”, disse. “Tem uma vaga na OMC, o Brasil quer; tem lugar na ONU, o Brasil quer; tem um lugar na FAO, o Brasil quer. Quiseram até colocar um Papa”, dizem que Kirchner declarou recentemente.
Trecho de notícia divulgada pelo Clarín hoje pela manhã. Leia na íntegra aqui.

Em notícia divulgada pelo Jornal argentino Clarín, o chanceller argentino Rafael Bielsa reuniu-se com seis embaixadores peronistas em Washington para definir posições argentinas claras em relação ao Brasil. Segundo fontes do referido jornal, Bielsa têm se incomodado com a atenção que o Brasil tem dado à sua atuação no cenário internacional para despontar como país com fortes chances de liderança em detrimento da continuação do desenvolvimento do Mercosul.

Por sua vez, Lula, que normalmente adora dar uma bola fora em suas declarações, até que soube responder. Em seu programa quinzenal na rádio, declarou que só quer estabelecer vínculos internacionais diretos para diminuir sua dependência dos dois maiores blocos econômicos mundiais, E.U.A. e U.E. Disse ainda que o crescimento do Brasil está vinculado ao crescimento dos países vizinhos, pois trata-se de parte obrigatória de nosso comportamento internacional, visto que somos o maior país e a maior economia da América Latina, logo com mais condições de negociação.

É aquela velha história, a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Já que a Argentina não está no nosso lugar, ela implica pra ver se consegue nos colocar como vilões dentro do Mercosul, onde claramente nós sempre fomos os maiores interessados. Eu pergunto: como se comportaria nosso querido vizinho governante Néstor Kirchner se fosse ele quem tivesse chance de assumir cargos importantes no cenário internacional, como a vaga no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo. Acho de um tremendo cinismo bater o pé exigindo mais atenção para o Mercosul, sendo que o grupo caminha sempre para uma integração maior que ainda não foi concretizada porque precisa do fator ‘tempo’ para ter seus problemas mais claramente definidos e só então solucionados…


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