O Rafa disse um monte de coisas sobre a virgindade (post de 04/02, não tem como linkar certinho) e eu fiquei pensando em como sempre encarei isso. Eu acho o seguinte: vivemos em sociedade e seria muita hipocrisia dizer que não nos preocupamos em “fazer parte do grupo”, porque quem não se preocupa com isso não consegue co-habitar em paz. E que me poupem do discurso eu sou eu e pronto, porque todo mundo respeita as leis e leis não passam de convenções que petrificam aquilo que aceitamos que os outros nos imponham.
A virgindade já faz tempo que deixou de ter o seu valor, agora não passa de uma bandeira a ser empunhada entre dois extremos: a postura do dei, sim; dou muito e quem se incomoda que se foda e o outro lado, com as virgens prováveis candidatas a nunca se permitirem uma porção de coisas. Ao que me parece, pouco importa com quantos anos se perde a virgindade, , como foi que aconteceu, com quem, etc, o que acaba importanto mesmo é justamente o que você parece ter feito e não o que você fez. Como bem disse um primo meu certa vez, “mulher pra mim tem que ser uma santa para a sociedade e uma puta na cama”. Acaba sendo por aí, uma mulher que os homens querem pra vida inteira acaba tendo que parecer de um grupo e pertencer a outro, porque até onde me consta, não conheço homens que se apaixonem para toda a vida por uma mulher no esquema não faço isso, não faço aquilo, desse jeito não quero, de luz acesa nunca… No fundo, não passa de um balaio de gatos em que tudo acontece, quase tudo se nega e nada se divulga; o sexo me parece o assunto em que as pessoas mais revelam hipocrisias, desde as pessoas que posam de racatadas com o diabo debaixo das saias até as que defendem as posturas mais liberais e na hora h descobre-se que não passa de opinião muderna pra tirar marra, só isso.
Por fim, penso na minha virgindade. Eu não a perdi como queria, mas posso garantir que foi exatamente no dia que escolhi e não me arrependo. E acho que é justamente este o ponto mais importante: não se arrepender, pouco importa quando é que foi que aconteceu, com quem ou como, o que importa é como nos sentimos em relação a isso. E foda-se a opinião alheia.
P.S.: o nome do post é uma das minhas perguntas favoritas, eu sempre a utilizo quando ouço uma piadinha de teor sensual-sexual-atrevido e a achei bem conveniente agora…
P.S. 2: Sim, sim, template novo. Sim, sim, eu gostei dele, assim cor de rosa cafona. Sim, sim, cada vez que mudo de template eu troco o ladinho do menu e as cores, só isso.
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