Lomyne: tudo bem, amado?
João: siiiiiiiim… e com vc beibe?
Lomyne: ótimo… ou quase…
João: pq?
Lomyne: pq sei lá… se soubesse eu explicava… mas to meio oca…
João: estranho… tb to me sentindo assim… meio vazio, como se faltasse algo
Lomyne: é uma falta meio estranha de qualquer coisa, eu acho… se é que isso faz sentido…
João: faz sentido sim. falta de algo q eu naum tenho, mas eu naum sei o que pode ser
Lomyne: isso… e não é bem falta de alguém… eu diria que é falta de um sentimento por alguém… só um vazio renitente…
João: sim, não eh alguem mesmo. eh algo q naum tem nome
Lomyne: é nada… nada incômodo… não que não esteja incomodando, tão nada que incomoda muito… acho que vou postar essa conversa… posso?
João: pode sim. temos que criar então um nome para esse sentimento
Lomyne: Eco?
João: não é possivel que só nós dois sintamos isso
Lomyne: Mofo?
João: tem que ter uma nomenclatura… acho que tenho um nome: VAZIO! pois é assim, exatamente.
Lomyne: OHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!! (imagine aquele “Oh” de milagre em filme, sim?)
João: como se faltasse uma parte, um braço. mas eh como se fosse uma apendice tirada q não sentimos
Lomyne: um braço não… um treco menos visível e mais dolorido… um troço que vai melando a gente e impregnando, que faz que pelas ruas você tenha aquela noção de slow motion e faz com que a gente não veja o que procura nem saiba o que se procura…
João: na verdade parece que só a gente está em slow motion, mas o resto do mundo está em FF >>
Lomyne: isso… e o ouvido parece que tem um certo entupimento, como quando subimos a serra. E daí a gente sai, porque é sábado à noite e temos que sair e fica aquela sensação de nosso relógio é tão filho-da-puta que nosso saco já encheu em 3 minutos, se for contar o tempo de ferver a água, nem dá para fazer um miojo e a gente já quer ir embora…
João: enfim, algo meio estranho. mas que traz melancolia
Lomyne: enfim… a tal da humanidade…
João: vontade de chegar em casa e perguntar pra mãe se útero aceita devolução
Lomyne: hum… é…
João: será que aceita?
Lomyne: duvido…
João: já passou do prazo! 7 dias uteis e olhe lá!
(MSN, quatro da manhã de sábado para domingo, eu e meu marido de fachada, sem edições)
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