Desde que a Natura começou a cresce e se expandir, tem lançado linhas e mais linhas de produtos com cheiros de alimentos, sejam frutas, sementes ou qualquer coisa assim. Só que estes cheiros são tão fortes – pelo menos mais fortes do que o meu nariz agüenta – que costumo chamá-los de sabores. E as mulheres adoram.
Nada contra direito de cada uma. Só que aí surgem as mulheres-sabores. Trabalhei um tempão com uma que era puro maracujá. Kit completo: shampoo, condicionador, creme para pentear, óleo pós-banho, perfume (vá, deo-colônia), creme hidratante e, no meio do expediente “servia-se” de creme para as mãos com o mesmo sabor. A distância entre nossas mesas não chegava a um metro. Não sou capaz de explicar o quanto isso era uma tortura. Mas eu superei, juro que superei. Entenda-se: superei a distância de um metro, não o trauma do cheiro.
Eu até tinha esquecido de toda a irritação que isso me causava, mas hoje almocei a duas mesas de distância de uma mulher-baunilha. Não, o cheiro não era no restaurante nem era de outra pessoa. Afe, que estou enjoada até agora… Será que não rolava voltar para o curso de etiqueta e aprender que um cheiro suave tem que ser suave? Ou será que ter cheiro de biscoito à 1h da tarde agora é legal?
Lomyne adverte: apesar de eu me referir como mulheres-sabores, não quero piadinhas do tipo ah, mas mulher é pra comer mesmo… Ninguém agüenta comer uns sessenta quilos de mousse de maracujá ou bolacha amanteigada.
Deixe um comentário