Em maio, eu comentei que tinha visto o Almanaque anos 90 em uma livraria. Minha primeira reação foi pensar nossa, mas já? os 90 mal acabaram! Então me dei conta que lá se vão 8 anos. Com o Almanaque anos 90 em mãos, me ocorrem tantas memórias… Do restinho de infância até o final da adolescência, tudo ali.
Já na capa do livro, o bebê do Nevermind estampado, ai que saudades das camisas xadrez de flanela… E logo de cara se esbarra com um capítulo de música, que a cada meio parágrafo eu parei para cantar aquelas músicas e sentir de novo os cheiros de uma época que até hoje eu não tinha me ligado que curti tanto.
Páginas que seguem sobre coisas que amo: rock de Seattle, a explosão do eletrônico, Simpsons, ArquivoX, Barrados no Baile, família Dinossauros, Friends… Meu Deus, naquela época eu até dancei funk e axé music músicas da moda que eu queria esquecer! Lembro como se fosse hoje de discutir qual dos Back Street Boys era mais lindo (o Brian, não discuto mais isso). Quanta nostalgia, quantas saudades gostosas!
Senna, Mamonas Assassinas, Pokemon, tazos da Elma Chips, os primeiros celulares, games sensacionais e sanguinários, difusão da internet, Copas do Mundo, como sofri e gritei em 94 e 98… Rider e suas músicas maravilhosas que foram até lançadas em um cd, tenho até hoje meu Rider Hits (ainda bem que não tenho mais aquela marca branca gigante no pé)! As propagandas, quantas tão legais! Pipoca na panela, começa a arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá! Pipoca e guaraná, que programa legal, só eu e você e sem peruá! Eu quero ver pipoca pular – pipoca com guaraná Eu nem gosto de pipoca e ainda lembro dessa propaganda! E o elefante? O elefante é fã de Parmalat. O porco cor-de-rosa e o macaco também são…
Lembro da fase em que freqüentava um barzinho onde o som era desligado por meia hora, toda sexta-feira, aumentávamos o volume das três televisões e tínhamos silêncio absoluto enquanto a MTV passava Beavis&Butthead. Alguém consegue imaginar um bar lotado, em silêncio para ver um desenho animado? Eu consigo, porque me lembro! Parafraseando uma amiga minha, isso me lembra tantas coisas que eu nem consigo lembrar todas!
Esses almanaques de décadas não são pra se pegar emprestado e dar uma olhadinha, não. São daqueles livros que a gente exibe orgulhosamente na mesa de centro da sala, mesmo que isso pareça coisa de burguês. A questão não é analisar se os anos 90 foram bons ou ruins, é simplesmente confessar tê-los vivido tão intensamente. Com licença, eu vou lá acabar de fazer as pazes com a minha segunda década!
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