Tem coisas que a gente só passa em cidades como Araucária, este pequeno feudo em que eu vivo. Hoje, 08:40 da madrugada toca meu telefone pela segunda vez, uma mulher pedindo pra falar com a minha avó. Eu não ia acordar a véia tão cedo, então perguntei do que se tratava. “Olha, eu sou Fulana, filha da costureira, sua avó tinha deixado umas roupas para consertar, mas a mãe foi pra Curitiba, então ela deixou aqui na prefeitura comigo. Será que você pode passar aqui pegar?” Às vinte pras nove da manhã? Lógico que não!
Ok, muito prático isso de cidade pequena, mas de madrugada assim é de foder… Cá entre nós, a filha da costureira só continua respirando porque a ligação anterior já tinha colocado um sorrisão de pateta na minha cara, indestrutível. Sinceramente, ligar pra casa dos outros deveria ter horário mínimo e máximo, algo do tipo ligar entre 10 e 22h. Fora desse horário, só no celular e se tiver intimidade, né não?
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