Eu já tinha falado minha opinião sobre a lei antifumo aqui, na época da aprovação em São Paulo, mas como todas as coisas mais cedo ou mais tarde chegam a Curitiba, cá estamos nós com a lei a limitar meu vício. Entrou em vigor de fato na quarta-feira passada.
Fomos pro Mondo Birre, um típico barzinho curitibano, que mais parece com a definição que o carioca tem de lounge, diga-se de passagem. Quando escolhi a casa estava contando que ainda tivessem uma área aberta, mas colocaram um teto abre-fecha (sei lá o nome oficial dessa porra). Diante dessa informação, um casal atrás de nós na fila resolveu ir embora, como eu já tinha previsto.
Solução que a casa permite: você paga a sua conta, fuma um cigarro, volta e fica feliz porque não precisa pagar a entrada de novo. Pagar a conta a cada cigarro, além de não poder sair com nenhuma bebida é legal, né? Eu achei superprático, não volto lá nem a pau.
Na volta pra casa, dei uma analisada nos prós: meu cabelo não estava podre de fedorento, minhas roupas não fediam a churrasqueira, eu fumei precisamente cinco cigarros até voltar pra casa – bolso e pulmão agradecem.
Várias coisas aconteceram na noite: a banda estava uma merda, os amigos desanimados, o lugar meio tedioso; a balada não foi boa. Se eu estivesse mais animada, teria ficado muito puta com a restrição, se tivesse pago a conta quatro vezes (correndo o risco do banco bloquear meu cartão), se tivesse fila para entrar novamente.
Pode ser uma boa tentativa do governo de inibir o fumo, mas de minha parte vai demorar pra caralho para comprar a ideia. Por enquanto, nenhuma casa noturna sem espaço aberto para fumantes terá minha presença. Só eu não sou importante, mas os fumantes ainda são numerosos e certemente há lugar para nós todos nos botecos e baladinhas de rock. Não pensar nos nossos interesses de consumo é estupidez de marketing.
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