Outro dia o Luan estava em crise com estes termos no twitter, quando é que se usa bem, bom, mal e mau? Como eu sou um docinho de coco, resolvi explicar.
A explicação mais lógica envolve uma quantidade absurda de teoria gramatical e eu imagino que ninguém está afim de aguentar, então vou economizar meu latim e colocar de uma forma prática. A solução mais simples para esse tipo de problema é trocar a palavra. Na maioria dos casos você consegue perceber qual o certo porque dói no ouvido.
Se você não sabe se o seu chefe está de mau humor ou mal humor, pense que ele ganhou na loteria e mudou completamente. Ficou de bem humor ou de bom humor? Particularmente, eu ficaria de bom humor, mas não conheço seu chefe.
Agora me diga: a professora de matemática da quinta série era mal-humorada ou mau-humorada? Eu acho que precisa ser muito bem-humorada para encarar uma turma de crianças de dez anos, mesmo que pareça muito rabugenta.
Na prática, os pares são bem contra mal e bom contra mau.
Na teoria – para quem quiser entender em vez de decorar:
Bom e mau são adjetivos e por isso variam de acordo com a palavra a que se referem (substantivos), por exemplo: eu tenho um bom marido, mas não sou uma boa esposa. Já passei por maus bocados e fiquei com fama de menina má.
Bem e mal podem se enquadrar em mais de uma classe de palavras. Podem ser substantivos e para confirmar este caso é só colocar o artigo na frente da palavra, como no título do post.
E podem ainda ser advérbios de modo, caso em que servem para dizer como alguma coisa acontece ou como alguém está – por exemplo a minha tia dondoca que está sempre bem arrumada ou seu estagiário reclamando que é mal pago. São usados com as formas nominais dos verbos: infinitivo (mal-estar), particípio (mal-amada), gerúndio (bem-vindo).
Ora, mas e o hífen, Lomyne? Usa-se hífen com mal e bem, quando a palavra seguinte começa com h ou vogal.
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