O Hordones tuitou um link hoje que mexeu com a minha cabeça: “Há uma falta de inspiração alarmante na blogosfera ou é só impressão minha?” (link). Deixei uma garrafa lá, mas senti que ainda ficou muita coisa a ser dita, que penso muito mais coisas do que caberia em um comentário.
Eu concordo com a lógica dele, a falta de inspiração se espalha por todos os blogs. Acho que isso acontece porque a blogosfera cresceu e ficou mais difícil achar blogs que coincidam com os interesses de cada um (meu jeito gentil de dizer que está difícil achar blogs bons). Os primeiros blogueiros que eu amava pararam por cansaço, preguiça ou falta de tempo e os novos de que gosto raramente me levam a outros blogs que passo a gostar. De quebra, eu fiquei com preguiça de garimpar.
Então parei para pensar porque eu virei essa blogueira vagabunda que escreve uma vez por mês. A resposta está lá no título: porque não mudei. Perdi o ônibus de virar problogger na época certa (época em que a turma do interney estourou), porque eu não me dispus a escrever qualquer merda simplesmente para ter atualizações e acessos. Também perdi a chance de virar metablogger, não tenho saco pra isso. Aliás, não tenho saco pra ler metablogs também. Verdade seja dita, já consultei um ou outro para encontrar respostas técnicas, mas não curto como leitura constante. Não me levem a mal, admiro o trabalho dos autores, sigo alguns no twitter, mas prefiro as opiniões às técnicas, dicas e plug-ins.
E o fato é que eu perdi o fio da meada da blogosfera, me tornei sobra. Porque não evoluí, não quis me tornar uma sanguessuga de conteúdo pronto (piadas, imagens, vídeos) e minha escolha me deixou me sentindo uma certa sozinhez, como diria xuxu. Acho que não sou a única. A blogosfera explodiu em usuários e meio de interação, o que mudou o perfil médio dos blogueiros. A tecnologia evoluiu mais rápido do que as pessoas, ainda temos muito a digerir. Além de tudo isso, adultos somos menos impulsivos e tagarelas. Talvez seja isso a tal da sabedoria. Ou rabugice. Minha, do Hordones e do Richard.
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